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sexta-feira, 11 de novembro de 2022

Cuide do que te mantém vivo

Oba! E lá vamos nós com um novo texto poético - e reflexivo - da aluna Danielle, da turma de Contábeis. Adorável...  

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Quando os passarinhos não mais cantarem

Quando não existir mais água para matar a sua sede

Quando a sombra da árvore não existir mais

Quando o protetor solar não proteger a sua pele

Quando os tubarões forem extintos, porque a população matou todos para comer as barbatanas

Quando a maré alta entrar na sua casa para fazer visitas constantes e inesperadas

Quando o relógio jogar contra você e contabilizar o seu tempo de vida

Quando a praia virar um imenso lixão

Quando os remédios não surtirem mais efeito

Quando não existirem mais flores na primavera

Aliás, quando não existirem mais estações,

Veremos os tornados dançarem entre as cidades

Veremos milhões de pessoas sendo ceifadas por mais pandemias

Veremos o desespero no rosto das nossas crianças sem entender o que está acontecendo

Veremos a fome, a morte, a guerra, as supremacias fajutas com os seus reis na barriga

Porque o que era para terem feito, não fizeram.

A população também terá sua parcela de culpa:

Pelo consumo desenfreado

Pelo lixo não reciclado, jogado no lugar errado

Por não valorizar a natureza, os animais, a vida em si.

Enfim...

Cuide do que te mantém vivo

Ainda deve dar tempo...

Torcemos!

(Danielle Souza dos Santos, turma de Ciências Contábeis)

segunda-feira, 7 de novembro de 2022

A pluralidade religiosa no Brasil

Eis um importante tema abordado nesta nova postagem do aluno Alefe, da turma de Contábeis: a pluralidade religiosa em nosso país. Vale a pena ler seu texto!

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O Brasil é um país que possui vínculo com a religião desde a época da chegada dos portugueses, em 1500, com a colônia de Pedro Álvares Cabral. Sua frota era tradicionalmente católica e trazia consigo alguns dogmas inegociáveis: um deles era a propagação do catolicismo em massa. Os índios que habitavam em terras brasileiras já tinham religião e acreditavam veementemente na força da natureza e dos espíritos; entretanto, seus direitos à liberdade religiosa foram gravemente violados (não existia Constituição, ou seja, método punitivo ou investigativo eram desconhecidos). Partindo desse princípio, passaram-se alguns anos e logo chegaram os jesuítas com a missão de catequizar os índios do país e promover a crença cristã naquele povo.

       A partir do século XVI, com a vinda dos escravos do continente africano para o Brasil, tivemos acesso a várias religiões de matriz africana - candomblé, umbanda, quimbanda, entre outras ramificações -, as quais enriqueceram o quadro de religiões instauradas aqui e diversificaram a forma de adorar ou cultuar uma entidade superior.

       Já no século XVII, o Brasil começou a receber milhares de holandeses, que traziam outra vertente: o protestantismo, tendo como principal nome Martinho Lutero, um monge alemão que contestou as irregularidades da Igreja Católica e elaborou as 95 teses de repúdio às heresias impostas pelos padres aos fiéis.  O protestantismo vem com o perfil de reformar os dogmas e trazer liberdade aos fiéis para se conectarem com o divino. Por meio do protestantismo, surgem os movimentos pentecostais e neopentecostais vindos de Los Angeles, os quais chegam ao Brasil no ano de 1900, abordando temas como o avivamento.

      Diante da pluralidade apresentada, fica evidente o quanto nosso país é diversificado no que tange às religiões e formas de cultuarmos o divino. Sendo assim, o Artigo 5° da Constituição Federal de 1988 assegura os direitos de liberdade religiosa e promulga a garantia de livre adoração. Essa diversidade reflete o acolhimento do Brasil para com outros povos, e o respeito à cultura, pois cada religião citada é majoritariamente oriunda de outro continente, porém aceita na cultura brasileira. Cabe a nós, cidadãos, respeitarmos as diferenças internas e agirmos de forma coerente na aceitação da cultura trazida por outros povos ao nosso país, vendo de maneira positiva o enriquecimento do nosso repertório cultural e histórico.

       

(Alefe Oliveira, turma de Ciências Contábeis)


terça-feira, 25 de outubro de 2022

Inspirada nas reflexões suscitadas na aula sobre variação linguística, a aluna Mariana Moura, da turma de ADM matutino, criou um texto humorístico sobre o uso inadequado dos jargões. 
Muito bem, Mari! 

(Mariana Moura, ADM, matutino)

segunda-feira, 3 de outubro de 2022

Ilusão

Eis um poema forte... triste... e que serve como um alerta! 
Que bom, Danielle, que você lança esta reflexão tão importante para todos.
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Na minha vida, uma imensa alegria
Que toma conta do meu peito
Me deixa feliz e muito tranquila.
É uma ilusão que toda noite eu desejo.

Ao sair com os meus amigos
Danço, pulo e canto.
Mas o meu organismo está em perigo           
E aos poucos estou perdendo o encanto.

Onde estás, alegria?
Onde estás, prazer?
Onde estás, felicidade?
Me diga onde está você.

Talvez um pouco na heroína                                                               
Crack, maconha ou anfetamina                                   
LSD ou MD                                   
Tanto faz, onde está você?                                                                    

Durante a noite, eu não durmo mais                                          
Ando pelas ruas procurando algo que me satisfaz
E quando volto para casa dos meus pais, 
Eles nem abrem mais a porta
Escondem o dinheiro para eu não achar,
E no vício eu não me afundar.

Me sinto destruída...
Culpa minha,
Ou culpa da droga, da cocaína?
Estou perdendo a memória
Será que para meus filhos futuramente,
Contarei lindas histórias?

Estou inquieta,
Estou sendo perseguida
E eu nem sei por quem. 

No começo, uma maravilha
Agora, as drogas ilícitas
Tomaram conta de grande parte
Da minha vida. 

E eu não culpo a minha família
Eles bem que me avisaram,
mas virei as costas
e não tomei cuidado.

(Danielle Souza dos Santos, Contábeis)

quinta-feira, 29 de setembro de 2022

Este texto suscita uma reflexão muito importante... aliás,  imprescindível!
É isso aí,  Beatriz! 


               (Beatriz Bispo, Contábeis)

quinta-feira, 22 de setembro de 2022

Fora do padrão... que padrão?

   Esta tirinha foi criada por um grupo de alunas do curso de Administração. A reflexão que elas propõem é imprescindível, e muito me alegra perceber que as nossas aulas têm reverberado desse modo...
   Sem dúvida, o acesso à norma padrão da língua é um direito de todos, ao lado de tantos outros direitos. Todavia, o não uso da norma não pode implicar numa forma de preconceito ou discriminação.
   Enfim, teçam suas próprias reflexões com base neste texto que, como as meninas mesmo relatam, foi "inspirado na história contada na sala pela professora"!


   Obrigada, meninas! 
    
Produção de Evelyn Basaglia, Gabrielly Santos, Lara Camara, Larissa Fávero e Luisa Boaretto, ADM noturno.

quarta-feira, 21 de setembro de 2022

Brasil – um país acolhedor de gerações

Que alegria ver o nosso blog a todo vapor novamente! E retomamos as produções com um texto reflexivo de um aluno da turma de Contábeis, que é sempre muito presente em nosso "Ideias e ideais"... 
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      O Brasil possui um histórico de acolhimento da humanidade desde o século XVIII, época em que recebemos os escravos para as colônias portuguesas instauradas aqui. O que nos chama a atenção são as relíquias culturais deixadas por esse povo em nosso país, as quais permanecem até os dias atuais: feijoada, capoeira, religiões de matrizes africanas, os exemplos da riqueza africana herdada no Brasil.
       Quando nos deparamos com qualquer vestígio da cultura africana, cabe uma sensata reflexão sobre o sofrimento e a perseguição pela qual o povo africano passou: as mulheres eram obrigadas a gerar filhos de seus senhores, amamentar e depois entregar como se fossem objetos; os traumas psicológicos advindos desse cenário desastroso não eram colocados em pauta. Os homens, por sua vez, eram torturados e massacrados nos engenhos com longas horas de jornada de trabalho diárias, mas infelizmente não tinham poder de fala, pois a classe era menosprezada em qualquer cenário de intervenção.
       Mediante todos esses fatos e com a vasta mistura de raças, foi possível identificar um novo país surgindo: a nação da miscigenação. Brancos, negros, pardos, mulatos foram nascendo e compondo uma nova realidade que entraria em vigor a partir do decreto da abolição da escravatura, assinado pela princesa Isabel em 13 de maio de 1888, promulgando o fim de uma era escravocrata e o início do pleno exercício da liberdade de expressão.
       Em suma, é imprescindível ressaltar a coragem, intrepidez, determinação e altruísmo deste povo, que, em meio às lutas e batalhas históricas, provaram ao mundo que é possível se desvincular de um cenário de escravidão e, ao mesmo tempo, proporcionar tamanha riqueza cultural e étnica. É fundamental relembrar as nossas origens, para avançar com embasamento e espírito reflexivo no futuro!


                                   (Alefe Oliveira, turma de Ciências Contábeis)