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quinta-feira, 5 de junho de 2014

E esse é mais um capítulo da política do “Pão e do Circo”?

E não é que aluna Paloma, da turma de ADM diurno, mais uma vez nos brinda com um texto muito bem escrito em que expõe suas ideias sobre um tema bastante atual em nosso país? Conheça suas ideias e comente-as.
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Brasil: assistencialista?
Com raízes históricas, o Brasil é marcadamente um país de desigualdades profundas, em que se destaca a péssima distribuição de renda e a extrema precariedade das classes menos favorecidas. E na tentativa – falha – de minimizar ou solucionar este problema o governo tem promovido nas últimas décadas inúmeros programas sociais de caráter assistencialista: Bolsa Família, Bolsa Estiagem, Fome Zero, Brasil sem Miséria, e tantos outros. E são tão numerosos que nem todos são do conhecimento da população. Por exemplo, você já ouviu falar no “Bolsa Crack”?
O Cartão Recomeço, que ganhou popularmente o título de “bolsa crack”, é um auxílio financeiro às famílias de dependentes químicos. Porém, esta proposta não vai além de uma medida paliativa, numa tentativa de transferir para o Estado serviços de iniciativa particular a fim de aparentemente soerguer a deficiente infraestrutura social. Em nosso país a inexistência de investimentos sociais é consequência única e exclusiva dos desvios de verbas e de corrupção, uma vez que o Brasil, segundo o Instituto Brasileiro de Pesquisa Tributária (IBPT), é o país que mais arrecada impostos e tem o pior retorno social.
O “Cartão Recomeço”, constitui, portanto, mais uma das centenas de políticas falhas, que apenas acentuará o paradoxo de nossa frágil arquitetura social: somos os primeiro país no ranking de adoção de medidas de caráter assistencialista e, no entanto, nossa população carece de educação, segurança, acesso à saúde pública e tantos outros direitos que deveriam ser assegurados pelo Estado. Isso sem mencionar o fato de que, em se tratando do Brasil, será inevitável a futura constatação de desvio das remessas financeiras que supostamente seriam destinadas às clínicas de reabilitação, sendo, portanto, mais um programa social que serve a interesses políticos.
A elite política, com sua demagogia excessiva preocupa-se claramente apenas com a questão de sobrevivência, como se promover somente a sobrevivência fosse o único papel do Estado. O Governo acaba por se revestir de uma imagem falsamente calcada na preocupação com a povo. Deveria preocupar-se em reestruturar a saúde e a segurança pública, beneficiando efetivamente a população, dando-nos retorno dos impostos exorbitantes que pagamos, e, sobretudo, investir na geração de empregos e na educação de qualidade. Isto sim é capaz de atingir a raíz de nossos problemas de maneira eficiente.  Nosso país necessita reorganizar-se política, jurídica e socialmente.
              Desse modo, a questão-chave não é o assistencialismo, mas a educação. Somente por meio de um modelo de infraestrutura que enfatize a arquitetura social é que se torna possível proporcionar embasamento educacional a todos, visto que é a educação que capacita as pessoas para a construção de habilidades e competências necessárias para empreender enormes mudanças, aplacando os tantos problemas que assolam o país e que não podem ser reduzidos a simples medidas de curto prazo que apenas mascaram a raíz do problema.
              Afinal, o que é mais viável: permanecer apenas assistencialista ou realmente atacar o problema e melhorar em definitivo a qualidade de vida do povo brasileiro? “Eis a questão”!




“Se a educação sozinha não pode transformar a sociedade, tampouco sem ela a sociedade muda.”                                                       (Paulo Freire)


(Paloma Cristina de Queiroz, ADM, diurno)

domingo, 1 de junho de 2014

Com o que realmente se preocupar em pleno século XXI ?!

Neste post, lançam-se reflexões muito apropriadas sobre a sustentabilidade. Conheça as ideias da Paloma, aluna da turma de ADM, diurno.  
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Em época de Copa, no ápice do crescimento econômico do qual o mundo tanto se orgulha, em pleno auge do avanço tecnológico... O que, de fato, merece nossa atenção?
        A partir do século XIX, inicia-se o processo de desenvolvimento das organizações empresariais. Estudos e teorias surgem com o anseio de elevar a produtividade. Henry Ford, fundador da Ford Motor Company, consegue estabelecer o “sistema de produção em massa”. Como consequência, ocorre barateamento e o valor unitário é reduzido, tornando-se acessível às classes populares, sedentas pelos mais variados produtos que inundavam as prateleiras dos estabelecimentos comerciais. A partir de então, o objetivo priorizado passou a ser o atendimento às exigências dos consumidores, uma vez que o próprio sistema econômico – o capitalismo – impõe essa corrida voraz em prol da obtenção de lucro.
        No mundo atual, o apelo midiático é imensurável. São os meios de comunicação, que alcançam praticamente todas as classes, que nos impõem como parte integrante dessa sociedade de consumo insaciável.
            Nesse contexto, a preocupação com o meio ambiente é historicamente colocada em segundo plano: interesses de ordem econômica são sempre sobrepostos aos interesses ambientais. E as revoluções industriais e o desenvolvimento acabaram por romper o equilíbrio da natureza. Desertificação, risco à produção de alimentos, poluição, assoreamento, proliferação de doenças e pragas, intensificação do efeito estufa, aquecimento global, recorrência anormal de furacões, tsunamis, enchentes, ilhas de calor e inversão térmica, destruição da biodiversidade... e o que mais é preciso para que se perceba que definitivamente o planeta já não é o mesmo?
         Discussões infindáveis são feitas a respeito da questão ambiental, mas poucos podem realmente imaginar o grau de devastação que já vitimou o meio ambiente. E, pensando nisso, líderes de alguns países e instituições realizam, desde o século passado, projetos e conferências visando a salientar a importância em minimizar os problemas ambientais, como o Protocolo de Kyoto, a Conferência Rio +10 e a recente Rio + 20. Tais reuniões vêm apregoando que é possível, sim, realizar uma aliança entre a enorme demanda de produção econômica e a preservação ambiental.
Entretanto, infelizmente, a defesa da biodiversidade esbarra no receio de retardar o desenvolvimento econômico e este padrão de comportamento tende a persistir até que a humanidade desperte para o fato de que conservar o ambiente é afastar a ameaça que compromete nossa existência!
 E quando despertar? Quando tudo já estiver arruinado e nada mais restar? E, afinal, pelo que esperam as gerações futuras? E quanta ironia reside no fato de que somos, segundo a ciência, os únicos animais racionais, e, no entanto, também somos os únicos a arriscar nossa própria existência ao destruir o meio no qual vivemos e do qual dependemos inteiramente. Cabe aqui uma simples reflexão: como você viveria sem água?!

          “Somente quando for cortada a última árvore, pescado o último peixe e poluído o último rio, é que as pessoas vão perceber que não podem comer dinheiro.” (Autor desconhecido)

Vale a pena refletirmos sobre o conteúdo deste vídeo: 
https://www.youtube.com/watch?v=he8Ga2u_KpY

  ( Paloma Cristina de Queiroz, ADM, diurno )