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Como a
maioria dos apreciadores de sons e ritmos, eu, quando precisava de um mínimo de
compreensão, acabava encontrando-a na música. É incrível como ela tem essa
capacidade de ter sempre um verso que traduz um turbilhão de sentimentos que
está em nosso interior. E mais ainda, traduz os pensamentos que parecem
partículas inquietas implorando para atravessar o núcleo.
Meu
contato com a música começou cedo. Minha família é uma verdadeira mistura de
gostos musicais, um rock aqui, um rap ali, um sertanejo acolá... e assim vai.
Tanto que quando me perguntam: “Qual seu tipo de música favorita?”,
automaticamente meu cérebro faz uma seleção de todas as músicas de que gosto,
acaba se deparando com uma sopa de gêneros e, por fim, dá um pequeno nó em meus
neurônios. Mas, para apaziguar a situação, acabo citando uns dois ou três
ritmos dos quais mais gosto, e acabo finalizando com “Eu sou bem eclética com
música” (Ufa! Bem mais simples).
Quando
estava com mais ou menos uns 10 anos, entrei no curso de violão junto com meu
irmão mais velho e, depois disso, minha mãe teve que aumentar a cota de
paciência, porque queríamos tocar a todo momento, em toda ocasião. Mas ainda
bem que, depois de um tempo, a poeira baixou e passamos a tocar eventualmente,
senão, coitados dos meus pais que não conseguiam assistir aos jornais, né? rs
As
músicas que sempre preferi tocar pertencem à banda Charlie Brown Jr., uma banda
local, que, mesmo após seu drástico término, ainda é minha banda favorita. Não
me recordo ao certo quando foi meu primeiro contato com uma música deles, mas
lembro que foi praticamente “amor ao primeiro som”. Logo juntei a habilidade de
tocar com o gosto por essa banda e, depois disso, todos os calos na ponta dos
dedos mal eram motivo de incômodo.
Quando
me perguntam por que essa é minha banda favorita ou qual minha música
preferida, lá vão meus neurônios se entrelaçar novamente. Porém, dessa vez, eu
nunca encontro uma resposta concreta e acabo optando por uma das boas razões ou
uma das boas músicas que me fizeram curtir a banda. Provavelmente, a maioria
dos 013s (como são chamados os fãs da banda) não encontram respostas para essas
perguntas assim, “de primeira”. A meu ver, as letras dessa banda sempre têm uma
palavra de consolo ou incentivo, sempre há um verso que se encaixa com alguma
situação, seja ela de tristeza, felicidade, paz, amor ou, até mesmo, protesto.
A
música é, sem dúvida, uma arte incrível e, por ter essa capacidade de ser uma
forma de expressão, por mexer com o intelectual e com o emocional, é que faz
com que ela se torne muito admirada. O título de “primeira arte” é,
indubitavelmente, merecido!
(Giovanna
Elisa, ADM, diurno)
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