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segunda-feira, 21 de maio de 2018

Maternidade sem escalas

Que a vida é uma viagem, muitos já disseram... mas a Gabriella traz um novo olhar sobre esse tema! Vale muito a pena a leitura do seu post!
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       A correria sempre foi minha amiga inseparável, não era à toa que eu tinha dois empregos e, nos finais de semana, ainda filmava casamentos. Na informática, na clínica estética, ou nas festas, me identificava com cada tarefa exercida.
       O fácil relacionamento com as pessoas e a grande vontade de rodar pelo mundo explodiram dentro de mim e entrei no curso de comissária de bordo. Mas, entre uma aula de Conhecimentos Gerais de Aeronaves e outra de Sobrevivência na Selva, me deparo com um "positivo". CARACA! A metamorfose ambulante agora tem um “mirtilo” para cuidar. O pai? Era aquele cara do open bar do Jorge e Mateus. Nem um livro do tamanho da Bíblia consegue descrever o que passava na minha cabeça naquele momento. 
       Não sei quem crescia cada vez mais, o medo ou minha barriga. Os dois meses morando com aquele homem começavam a fazer sentido. A paixão virou amor e toda aquela ladainha que nossos pais falam estava fazendo sentido. Lascou, eu estava amando! Não imaginava meu futuro profissional viajando, longe do meu filho e noivo. Portanto, tranquei o curso de comissária. 
        A aeronave teve que fazer um pouso de emergência com 37 semanas. O pouso foi um sucesso, piloto e copiloto estavam perfeitamente saudáveis. Conforme o tempo, a mamãe pilota começou a sentir falta dos estudos e, pela grande facilidade de comunicação e simpatia pela contabilidade, decidiu cursar Administração. As tarefas são feitas por partes, revezando entre fraldas, mamadeiras e muito BabyTV. De todos empregos e cursos antes exercidos, a maternidade é o mais exaustivo. Não tem reconhecimento do chefe, direito de um salário no final do mês, nem pagamento de hora extra. Sinto falta até de assinar o holerite. Principalmente quando nele vinha escrito “DÉCIMO TERCEIRO”. Décimo terceiro que, hoje, gastaria com NAN, muito café e, claaaaaro, muita xerox.
         Conforme escrito por Rafaela Carvalho, “foco no que dá, varro o resto para debaixo do tapete.” Debaixo do meu tapete estão diversas tarefas, mas tiro as coisas conforme suas prioridades. Agradeço muito a ajuda do meu marido e da minha mãe. Sem o auxílio deles, nada disso seria possível. 


         PS.: Adivinhem o tema de um ano da festa do Lucca, meu filho? Segue a foto.



                                  (Gabriella Santiago Merini, ADM, diurno)